os amores da minha vida são frágeis como o vidro
quebram-se ao mais pequeno toque
machucam-me quando os tento consertar
partem quando os tento segurar
os amores da minha vida chegam de madrugada
encontram-me adormecida e a sonhar
vêem ao sabor de um sonho mágico
despertam-me da inocência que mora em mim
os amores da minha vida trazem romantismo
desfilam pela estrada dos sentimentos
cruzam os trilhos da paixão
escolhem a encruzilhada do desejo
os amores da minha vida não me deixam sozinha
iniciam uma relação, criam a esfera do amor
passam em torno do meu corpo, despertando prazer
desaparecem por entre os dedos, após uma caricia
os amores da minha vida não se explicam
vivem-se em pequenos e deliciosos momentos
impões as regras do romance, criando cumplicidade
assumem-se como sendo papel principal da minha vida
os amores da minha vida não têm identidade
chegam sem se identificarem
instalam-se com a veracidade da paixão
partem anonimamente sem serem amados
os amores da minha vida não me influenciam
só entram quando abro a porta do meu coração
só permanecem quando a janela da paixão estiver aberta
partirão quando sentirem o vento da desilusão
estes amores tentarão manipular o meu coração
poucos me irão conhecer e conquistar
os meus amores vão e vêem
trazem e levam o amor que alimenta da minha alma
farei deles um suporte para a minha vida
a base da minha alegria e tristeza
até ao instante que um deles chegue mais forte
com vontade de cimentar a relação
abrindo a porta do meu coração
atirando para bem longe chave da paixão
nesse dia descobrirei que o amor
não se explica, não se entende
que o amor se sente
que o amor se vive




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