quando ainda era menina
a cigana leu a sua sina
leu nas linhas da sua mão
que ela tinha bom coração
disse-lhe que longa seria a vida
como muita coisa preenchida
de bebé chorão
passaria a menina rebelde
tornava-se em adolescente inocente
de muitas outras diferente
como a idade lhe exigia
um dia adulta se tornaria
tudo enfrentaria
com toda sua valentia
poucos amores a cigana lhe viu
por isso logo deduziu
que um dia conseguiria ser feliz
e talvez mãe de uma petiz
com olhos cor de perdiz
na sua mão delicada
viu-lhe uma vida consumida
por muitos sonhos iludida
com ajudas prometidas
e nem sempre concedidas
um dia já no fim da recta
depois de uma vida correcta
a morte chegaria em fim
e alguém lhe oferecia
uma flor de jasmim
a cigana em quase tudo acertou
em pouca coisa errou
só lhe faltou dizer
aquilo que ela queria saber
onde trocar a realidade
por uma eterna felicidade

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