dois amantes
dois seres apenas
apenas dois errantes
que vivem as suas cenas
dois filhos do amor
com vidas paralelas
sabem que o amor tem valor
amam-se em várias ruelas
ali frente a frente
sem se preocupar que passe gente
não pensando no futuro
aproveitando cada segundo
para mostrar o amor ao mundo
dois amantes
com segredos constantes
segredando ao ouvido
num sussurro muito sentido
provocam com naturalidade
a sua paixão
coberta da sensualidade
decorada com sofreguidão
aproveitada até à exaustão
dois amantes
dois seres patéticos
quando se juntam ficam eléctricos
não se conseguem separar
não sabem parar de se amar
não escutam as criticas
que na sociedade são típicas
de seres que não conhecem o amor
e condenam com pudor
quem ama pelo gosto de amar
dois amantes
um segundo para eles é pouco
para viver um amor tão louco
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