letra a letra
foi soletrando o seu nome
devagar, sem pressa
numa fúria que a consome
numa dor em si impressa
era apenas um grito
apelando pelo seu regresso
libertado de um coração aflito
que estava virado do avesso
as letras saíam de uma boca fechada
de uma alma consumida pela dor
que pertencia a uma mulher apaixonada
que tinha perdido o seu amor
no grito ainda alimentava a esperança
que com ela sempre vivia
o amor era mais do que lembrança
ela acreditava que voltaria uma dia
gritava seu nome desesperadamente
aguardando pela sua resposta
perderia a força lentamente
com a ilusão de que ninguém gosta
seu amor já tinha partido
numa noite escura, sem luar
deixando o seu corpo sem sentido
por não ter agora a quem amar

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