sinto o medo, companheiro da insegurança
ele nunca anda só, traz sempre companhia
sinto o medo, irmão da minha lembrança
com ele vêm a família, para causar mais agonia

ele onde passa sempre provoca sarilho
transforma a nossa vida numa loucura
quando passa, a todos tira o brilho
deixando um rasto que não tem cura

o medo persegue a raça humana
a todos tirando a coragem
por medo, qualquer homem deixa de viver

a magoa e a dor são a sombra que dele emana
quando ele se instala, falta-nos a bagagem
para viver, e então só nos resta sofrer

angela caboz
7º Campeonato Nacional de Poesia – 3ª Jornada (23/04/14)


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