Gosto de ti, e então!

perdi uma vida num segundo
ganhando o que não tinha perdido
o mistério que estava moribundo
entre as mãos de um bandido
um amor com fama de malandro
que assaltava todos os corações
com a imagem em que me enquadro
que entrava sem pedir permissões
saia cantando vitória
conquistava corações com beijos
espalha seu charme com glória
não lhe conheciam seus esconderijos
tinha mais manha do que um lince
fugia mais que uma gazela
a ninguém dava chance
gostava de atacar uma boa donzela
para lhe roubar a frustração
para tirar o todo o medo
amordaça-la com paixão
fazendo do prazer seu brinquedo
não aceitava qualquer resistência
não conhecia o sabor da negação
recebia com alguma frequência
como resposta a atracção
hoje eu fui a sua vitima
entrou pelo corpo a dentro
espalhou nele a sua estima
sem eu esperar veio ao meu encontro
perdi a solidão num segundo
atacada pela arma do Cúpido
que não sendo um vagabundo
deixou meu coração apreendido
nas teias do amor bandido