a liberdade de uma ave
a sede que ela tem esvoaçar
um bater de asas suave
o voo que a faz dançar
um quotidiano vivido no ar
ao sabor do vento
um bailado de encantar
que nos serve de passatempo
uma mão cheia de penas
de todas as cores
rodopiando junto das açucenas
com receio de pousar nas flores
sobe depois a pico
para descansar no galho da árvore
levando alguns folhas no bico
para que o filhote no ninho não chore
sente a chegada da tempestade
a temida chuva que molhará as asas
uma pequena contrariedade
de quem não viver em casas
mas logo o sol chegará
e vamos ouvi-la feliz a chilrear
as suas penas então secará
e com a sua beleza nos vais deliciar
é esta a liberdade de uma ave
que no voar encontrou a sua chave

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