CHORO-TE



choro-te no marasmo desta solidão
que me afoga esta triste alma
vertendo ternas lágrimas de emoção
de quem com a tristeza já perdeu a calma

um pranto nascido de um desgosto
causado por um amor fugidio
que me deixou a verter gotas pelo rosto
abandonada aqui neste baldio

o meu corpo solta toda esta chuva
pela desilusão que impede o seu viver
e que com a tristeza se coadjuva

tamanho é o alarido feito pelo meu coração
mergulhado que está no seu desencanto
onde deseja submergir a fúria dessa traição

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