O que escrevo não tem destino
Não conta a minha história
São palavras filhas de um poder divino
Que estão escondidas na minha memória
São as sombras de uma saudade
Que se vai perdendo no tempo
Coisas ancoradas na felicidade
De quem viveu aquele momento
São os pensamentos que estão presos
Num calendário que não tem meses
Onde moram sentimentos suspensos
Que muitas vezes conheceram reveses
É uma viagem sem rota
Pela areia húmida de uma praia
A ilusão que faz feliz uma garota
Vestida com um vestido de cambraia
Que na sua inocência adormece ao luar
Deslumbrada com o brilho das estrelas
Apaixonada pela beleza do mar
Onde mergulha todas as suas mazelas
São palavras que não têm idade
Versos feitos sem rima
Uma poesia que não têm nacionalidade
São a lágrima de alguém que me estima
É esta a minha escrita
Feita sem qualquer aprumo
A estória em que ninguém acredita

feita por um coração sem rumo
que encontra nas palavras um ombro amigo

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