NÃO ME ESPERES



Não esperes por mim
Tu que nunca exististe
Agora que está perto do fim
Percebi que sempre me iludiste
De dia eras a fome
À noite eras a sede
A paixão que ainda me consome
Vestida pelo amor que nada impede
Seguravas-me as mãos
Envolvia-te nos meus abraços
Eram sentimentos pagãos
De quem não conhece embaraços
Hoje é certo, estou aqui
E as tuas mãos deviam tocar-me
Tornar real este tempo que não vivi
Nem que fosse sonho, devias amar-me
Mas não, tu és o fantasma da luz
O feiticeiro da paixão
Num corpo que me seduz
Com uma alma sem emoção
Invisível para os meus olhos
Sensível para o meu coração
Ainda visitavas os meus sonhos
Plantando a eterna ilusão
Agora, creio que o sonho acabou
Por isso, não esperes mais por mim
Descobri que o amor já findou
Que se deixou morrer assim
Na ilusão de quem não existiu
Mas que com a paixão sempre me iludiu

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