ALMA ERRANTE



Uma alma errante
Cruzou-se com um poema doce
Sem pensar que ele fosse
Algo de tão constante
Trocaram breves olhares
Definiram as suas opiniões
Coisas salutares
Para reparar nestas ocasiões
A alma queria acção
O poema implorava ternura
Ele não conhecia a paixão
Tudo lhe parecia aventura
Errante a alma pecadora
Procura desenvoltura
Cruzava-se com o desejo a toda a hora
Sem se preocupar com a censura
Vivia todos os momentos
Em que o corpo lhe pedia sensualidade
Há muito suicidara os lamentos
Para a alma nunca era tarde
O poema ousou colocar nas suas rimas
Um pouco mais de sentimento
Para encobrir os seus dilemas
com o desejo que lhe ia no pensamento
Sonhou em dar um passo
Aproximar-se da alma errante
Deixar-se cair no seu abraço
E quem sabe, ser sua amante

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