INSÓNIA



O relógio marca meia-noite,

e eu aqui, sentada na janela
a ver o meu sono a vaguear
Conto, uma a uma, cada estrela
Com a ajuda do luar
Mas, são tantas que nem sei
Se serei capaz de todas contar...
Doze badaladas, na torre da igreja
Já sei que, amanhã não consigo acordar
Lá longe, já troveja
Talvez, a tempestade se esteja a aproximar
E o meu sono, sempre a fugir
Foge dos meus lamentos,
Enquanto eu choro, em vez de dormir
São horas de tantos tormentos
Vendo a noite a passar
Horas e mais horas
E ainda, falta tanto para ela acabar
Sono, porque tanto demoras
Estou tão cansada, não vou aguentar
Queria, agora mesmo, adormecer
Embalada pelos braços de Morfeu
Não sonhar, com quem já me esqueceu
E amanha, pela manhã, acordar
Sem ter estes lamentos para viver...

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