Onde estão as sombras tristes
Que me encobriam no Outono
Negando-me que tu existes
Até mesmo quando eras meu dono
Porque desapareceram as estradas
Poeirentas que rumavam à cidade
Nas tardes de Inverno ensolaradas
Que me acompanhavam para a eternidade
Que é feito dos jardins
Que eram desenhados com flores de papel
Que eu recortava, perdida nos confins
De um casarão sem nível
Onde me escondia do destino
Que se cruzava com os seus filhos
Nas linhas traçadas com o poder divino
Provocando-lhes enormes sarilhos
Onde está essa parte do mundo
Que existia nos meus dias sem sonhos
Quando eu procurava algo profundo
Que não estava ao alcance dos meus olhos
Agora é tudo diferente
Até o vento mudou
Só eu continuo ausente
Neste sitio que sempre me isolou

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