LIBERDADE POÉTICA


 
Deitei-me nos braços da poesia
adormecida na liberdade das palavras
num leito onde escrevia com ousadia
espreguiçando-me nos versos
onde de noite me escondia
para ler a alma de um amante
que ambicionava rimar com o amor
fazendo da sua paixão a fonte
onde todos beberiam do seu ardor…


Acordei, desolada a meio da madrugada
revoltada com este mundo
que tornava a minha poesia censurada
por expor um sentimento profundo
igual ao que todos sentiam
mas teimavam em ocultar
nos meus poemas que difundiam
a intensidade de saber amar…


Aprendera a viver embalada pela liberdade
livre como qualquer ave
fazia os meus versos com naturalidade
porque amar jamais seria um entrave
sonhava com o que ninguém enxergava
desejava sentir a magia do amor
encontrava prazer onde ninguém procurava
sem querer tinha perdido todo o pudor
abraçando uma nobre feiticeira
uma companheira chamada poesia
hoje era livre e aventureira
fazia versos recorrendo à fantasia
de um amor que dormia comigo...

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