A madrugada
a madrinha dos amantes
A hora tão aguardada
Para os corpos distantes
Que em segundos se aninham


É a hora do silencio
Dos gestos que se advinham
Sem esperar pelo anuncio
Do desejo que vem a caminho


Fazem-se bailados de prazer
Ouvem-se gemidos com carinho


É o amor a acontecer
Na penumbra de mais uma noite
Nesta hora já tardia
Em que a paixão ataca de afoite


Com toda a sua ousadia
dois corpos que se abraçam
Sem pensar no tempo
aproveitando o momento
E o fogo que os consome
Escuta-se o chamamento
De um amor que não conhece nome

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