DOÍ-ME



Doí-me a tua solidão
Doí-me,essa ferida chamada saudade
Doí-me,pensar que esperas pelo Verão
Esquecendo-te, que pode ser tarde
Sem te cansares,de esperar pelo amor
Encontraste a paixão, já era tarde
Tinhas um vestido já sem cor
De tantas vezes,ter sido lavado
Com as lágrimas da desilusão,
Tão debutado, que já estava rasgado
Tão gasto, que todo ele era um rasgão,
Parecia apenas um farrapo
Que cobria,esse corpo dorido
Que o amor,transformara num trapo
À custa,de tanto ser esquecido
Em todos os dias da tua vida...
Doí-me a tua solidão
Ver essa alma,tão dorida
Chorando todos os dias, até perder a razão
Doí-me, sentir a tua ferida
Exposta ali ao sol da saudade,
Saber que ela foi traída
Mas continua,a defender a sua lealdade
Sem se sentir ofendida,
Doí-me, que ela espere pelo Verão
Acreditando em mais uma promessa,
Que ele lhe fez, jurando que era de coração
E que ela,o espera sem pressa
Acreditando que ele vai voltar,
Numa tarde, ao pôr-do-sol
Dizendo,que para sempre a vai amar
E ela,vai cair como peixe no anzol
Em mais uma de muitas das suas mentiras...
Doí-me ver essa solidão
Que nada lhe dá e tudo lhe tira,
Sem que perceber a razão
porque ela continua a acredita na mentira...

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