Eu tenho a minha história. O destino que carrego nos meus ombros.

O passado, que é tudo o que já vivi. As dores, que me fizeram doer a alma, transformando-me em tudo o que hoje sou. As gargalhadas, que dei quando a vida me deixou sem respostas. As bofetadas, que levei quando eu me quis rir da vida. As lágrimas que chorei pelas desilusões e as ilusões que carreguei por não querer ver a verdade.

A minha história é só minha. São as linhas que desenhei no percurso sinuoso da minha existência. Os caminhos sem saída onde procurei a esperança. As encruzilhadas em que não soube escolher a melhor rota a seguir.

Durante anos, caminhei por esses trilhos desconhecidos. Deixei que o mundo me tratasse com queria, enquanto eu encolhia os ombros. Tomei decisões erradas e errei em tantas ocasiões. Não fui quem devia ser e deixei que me julgassem por quem não era.

Fiz tantas asneiras e dei tantos passos errados. Escrevi nas páginas em que outros já tinham escrito. Deixei tantas das páginas, que me estavam destinadas, em branco por falta de palavras para as preencher.

Talvez tenha deixado uma história a meio, por me faltar a coragem de lutar por aquilo que sou. Sem força para batalhar pelos meus ideais e não pelas regras que o mundo me impunha. Por isso, deixei sonhos para trás e fui ultrapassada por sonhos que não fui capaz de segurar.

Foi assim que construí a minha história. Sou quem sou por minha culpa e não por culpa de outros. Tenho o que tenho porque não lutei por mais. Faltam-me tantas coisas por não ter sabido arriscar no momento certo.

Mas a vida diz-me que ainda é tempo. Diz-me que há muita coisa que ainda posso fazer, muitas realidades que posso inverter.

Afinal, a vida ainda está nas minhas mãos e sou eu quem a pode decidir. Basta-me apenas ter força de vontade para me fazer renascer…

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