Amei-te, sem saber. Perdi-te sem te conhecer.
Morreste-me nas mãos ainda antes de eu te ter guardado no coração.
Eras o meu marinheiro sem nau. Quando despertei para a realidade já não era mais de que um coração naufragado numa ilha deserta. Onde nem as tuas sereias chegavam.
As minhas mãos tinham o teu perfume. O meu sorriso o teu sabor. Estavam esquecidas na minha pele gotas do teu suor, que se julguei serem minhas.
Guardei-te na memória do presente. Enquanto estava entretida a sonhar sonhos sem futuro.
Eras uma memória tão fresca que continuava a vestir a minha pele com desejo que ainda não tinha partido. No entanto o corpo já se sentia despido com a tua ausência.
Eu tentava no tempo que já não tinha juntar os pedaços da nossa história. Tentava prolongar a memória de algo que não chegou a existir!
Deixaste-me tudo. O sorriso, o desejo e a vontade de ti. Eu ganhei apenas saudade de um amor. Uma roupa sem cor que me passou a vestir esta alma que estava ferida com a tua partida.

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