a loucura dá-te asas para voares em liberdade
para esqueceres a vida e a idade
a lucidez encurrala-te numa gaiola
que te mostra o mundo, mas que te isola
não é louco quem quer, é louco quem precisa
de ver o mundo só pelos seus próprios olhos
virando as costas às opiniões de quem o analisa
uma loucura criticada
uma necessidade censurada
de um ser que quer ser diferente
mas a quem a sociedade torna irreverente
como se de louco não tivéssemos todos um pouco
basta olhar aquele ali à frente, que de gritar está rouco
mas, que não se dá por vencido
porque antes louco do que esquecido
fugimos da lucidez porque ela tem grades
que desenham obstáculos no nosso caminho
muralhas que nos atiram para fora do ninho
obrigando a aceitar todas as dificuldades
louco sou, louco serei
louco nasci e louco morrerei
outro destino não quero conhecer
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