POESIA DO AMOR








Foram as tuas palavras. O ritmo da tua poesia. O que não dizias, mas estava lá nas entrelinhas de cada poema teu. Palavras que ias semeando pelos teus versos. Palavras, que se eu as juntasse todas diziam tanto. Pequenas frases que me conquistaram.

E, fomos caminhando, assim, lado a lado. De poema em poema. Acrescentando tentação à inspiração que soprávamos um para o outro. Conversas, de quem aprendeu a soltar sentimentos na sombra do que escreve. Confissões feitas ao ritmo da literatura.

Os dias passavam. O anjo convertia-se num diabinho. O poeta escondia-se na sua ousadia. Havia os convites, feitos pela imaginação de cada um. Respostas dadas, pelos sonhos de ambos.

A poesia, desta vez, escondia um pecado perfeito. Tentação vestida de inspiração. O pecado perfumado com palavras que escreviam o desejo do poeta. Os sonhos do anjo, que se alimentavam nos versos, onde descobria sempre uma declaração de amor.

Tudo nos aproximava e já nada os separava.

A que cheiras tu meu poeta?

O meu coração sente a tua fragrância mesmo à distância. Nunca os nossos olhares se cruzaram. Jamais as nossas mãos se tocaram. Mas, tu escreveste tentação em todo o meu corpo. E, eu desenho desejo nos teus sonhos.

Poderá a tua poesia ter conquistado o meu coração?

Ou, será, que foram as tuas palavras ousadas, que despiram a minha timidez. Terão sido elas que me tornaram atrevida.

Não te conheço a voz. Mesmo assim fizeste eco no meu viver. Imagina como será o dia, em que os teus olhos azuis se cruzarem com os meus. E, as tuas mãos escreverem em mim a poesia deste amor que inverteu o sentido da minha vida.

@angela caboz

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