"Amo-te miúdo tonto"



Decidi, deixar de viver no passado. No tempo onde tinham ficado as recordações que eu queria arquivar. No tempo onde se passou tudo aquilo que não poderia apagar da minha vida, mas que também não queria recordar. Tudo o que me tinha magoado e que tinha que ficar lá para trás.

Parei numa hora determinada. Na hora que marca a linha a partir da qual tudo terá que ser modificado. Agora era tempo de viver as verdades da minha existência. Ser quem sou e não quem querem que eu seja. Esquecer quem já me esqueceu e amar quem me oferece amor sem pedir nada em troca, apenas pelo desejo de me amar.

No dia em que descobri a magia de me sentir amada, deixei de me preocupar em reviver o passado e parei de sonhar constantemente com o futuro.

O amor ensinou-me que o importante é o presente. O momento que estamos a viver, porque a vida é feita de segundos de felicidade que se vão unindo para fazerem horas de uma história que iremos construir.

Percebi que não preciso viver com o medo do "tem que dar tudo certo", mas sim encarar a vida com um "eu estou aqui" e se por acaso, o futuro me mostrar que " deu errado", pelo menos, tenho a alma cheia de boas recordações de tudo o que dividimos em momentos que não esqueceremos.

Esta magia de me sentir amada e de poder amar alguém mostrou-me o lado bom da vida, a felicidade de me sentir completa, dividindo o meu amor com o amor de outra metade.

Descobri com é bom fazer planos, só pelo desejo de estarmos juntos. Sem exigências, sem expectativas, apenas amar pelo desejo de amar, nada é melhor do isso.

Se não fosse esse amor não haveria no meu coração esta saudade, que não é dor, nem tristeza é apenas o meu pensamento caminhando ao encontro do teu sentimento, tentando passar para além dos limites do tempo, com a certeza de que nunca irei desistir deste amor.

@angela caboz
In "Amo-te miúdo tonto" DL:411877/16 ISBN:978-989-691-503-2

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