DUALIDADES

Entre o sono e o sonho
Entre o ignorar e o amar

Fica o caminho percorrido entre a mente e olho
O espaço onde se pode pensar, mesmo sem olhar
O ponto, onde se pode medir a distância
Entre gostar e amar
Entre a inteligência e a prudência…

Sei que, parecem sentimentos banais
Opostos, que ninguém saberá unir

Sendo coisas diferentes,
Podem parecer que são quase iguais
Mas, poucos saberão definir
Sentimentos tão pertinentes

Como explico, que durmo sem sonhar
Ou então, que sonho acordado,
Como digo, que gosto de ti sem te amar
Ou então, que sei quem és sem te ter olhado

Somos tão confusos
Nós os humanos, somos complicados

Caminhamos por entre os intrusos
E exigimos ser lembrados
Amamos o que não temos
E temos aquilo que não queremos
Vemos o que não nos convêm
E ignoramos a realidade
Desejamos o que mais ninguém tem

Sem perceber que existe uma dualidade
Que nos acompanha sempre na vida
E que, nos faz infelizes
Por desejarmos ser, eternamente petizes

Entre o sono e sonho
Existe uma sina para ser cumprida
Entre uma lágrima e um sorriso risonho
Existe a vontade de viver
E o amor que se pode encontrar
É isso que vejo que pode acontecer
Quando te olho e sei que te vou amar
Sem conhecer a distancia
Entre o desejo e a paixão
Que acabou de atacar o meu coração